FLORIANÓPOLIS, 22.10.2025 – Diante dos desafios de competitividade global enfrentados pelo setor moveleiro, acentuados pelas recentes barreiras comerciais, foi realizada no polo de São Bento do Sul a primeira imersão da Academia FIESC de Negócios.
A proposta foi transformar o impacto econômico em oportunidade: criar novos produtos, abrir mercados e reposicionar o setor catarinense no cenário global.
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Nos dias 21 e 22 de outubro, na sede do Sindicato das Indústrias Moveleiras (Sindusmobil ), 10 indústrias de São Bento do Sul, Campo Alegre e Rio Negrinho receberam informações estratégicas para um reposicionamento de mercado, com inovação e diversificação de porflólio.
“É uma oportunidade ímpar de repensar os negócios, melhorar o posicionamento e buscar uma nova perspectiva sobre o desenvolvimento”, disse na abertura o vice-presidente da FIESC para o Planalto Norte, Arnaldo Huebl.
No encontro de dois dias, o designer Célio Teodorico, da Studio 566 Design e curador da imersão, comandou uma jornada de conhecimento, abordando design e valor de marca e produto. Técnicos do Observatório FIESC também compartilharam informações sobre o panorama do mercado mundial.
PRODUTOS
Para o diretor da Móveis Paulo, de São Bento do Sul, é preciso oferecer produtos diferenciados para avançar no mercado. “Acreditamos que podemos exportar o design brasileiro, adequado ao país que se pretende atender. Com este projeto, estamos abrindo horizontes para entrar em novos nichos de mercado”, avalia Djoni Kurowsky.
O design foi o eixo central da estratégia porque tornou-se uma das principais vantagens competitivas da indústria. De acordo com a ApexBrasil, empresas que investem em design aumentam em até 25% o valor percebido de seus produtos e ampliam em média 20% as exportações.
“Esta imersão foi essencial para instrumentalizarmos de forma mais assertiva a criação de produtos com design agregado, buscando atender os mercados interno e externo”, disse Leila Tenfen Vantowsky, diretora da Móveis Caftor de Rio Negrinho.
A diretora da Gromóveis, de Campo Alegre, que está desenvolvendo a sua plataforma de e-commerce, concorda. “O projeto está contribuindo para adequarmos nossos produtos à exportação e também para aumentar nossa fatia no mercado brasileiro”, diz Celiane Grossl Minikovski.
ESTRATÉGIA
A imersão da Academia FIESC de Negócios incluiu uma estratégia comercial ampla. Antes do encontro desta semana, já houve o mapeamento individual sobre a realidade e os desafios de cada empresa participante.
O próximo passo será visita presencial em cada indústria, com a meta de desenvolvimento do briefing de criação de novos produtos ou redesenhos. O programa inclui a criação de três projetos por empresa, alinhados ao mercado e ao horizonte projetado, com design e maquetes físicas. Além disso, haverá diagnóstico estratégico individual, estudo de novos mercados e apoio técnico e de mercado.
Participaram da imersão as empresas Ativa Indústria de Móveis, Inter Link do Brasil, Móveis Grossl, Móveis Paulo, Móveis Serraltense e Móveis Weihermann de São Bento do Sul; Gromóveis de Campo Alegre; Herli Móveis, Móveis Caftor e Móveis Quater de Rio Negrinho.
POLO EXPORTADOR
O polo moveleiro de São Bento do Sul, que inclui Campo Alegre e Rio Negrinho, foi escolhido para iniciar a imersão por ser o maior exportador nacional de móveis e ter sentido diretamente o impacto do tarifaço americano.
Segundo dados do Observatório FIESC, entre janeiro e setembro deste ano, as indústrias da região exportaram US$ 63,574 milhões. Os Estados Unidos foram responsáveis por 50,11% desse volume. A região possui 312 indústrias de móveis e 86 de madeira, somando 398 empresas do segmento, que empregam mais de 8.000 trabalhadores.
Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina - FIESC
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